Tratamento da Ansiedade
Ansiedade Normal e Ansiedade Patológica
Ontem estive na Livraria Cultura, tendo ministrado lá uma palestra que recebeu o nome Ansiedade Normal e Ansiedade Patológica.
O tema, motivador, desperta o interesse de muitos. Porque, ansiedade normal com as suas características desejáveis e indesejáveis está presente em todos nós.
Quanto a ansiedade patológica, cabe dizer que, de acordo com dados norte americanos, 25% da população global apresentou, apresenta ou apresentará algum tipo ansiedade patológica.
É isso mesmo! Divida o mundo em quatro, retire uma fatia e essa será repleta em transtorno do pânico; TOC; TAG; TEPT; fobia social; fobia específica e outras classificações de transtornos de ansiedade.
O que é normal, funcional, aceitável e o que passa da normalidade e passa a ser disfuncional?
Vamos lá. Na história de evolução da nossa espécie, a ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças.
Portanto, não é um estado normal, mas é uma reação normal. Assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção.
A ansiedade, então, dentro de certos padrões de intensidade, duração e alterações corporais sentidas está devidamente relacionada a um determinado contexto de novidade, de ameaça e de risco vago.
Essas reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e auto-limitadas. Pois, elas terminam e pouco interferem negativamente no desempenho.
Já os estados de ansiedade patológicos, que constituem os transtornos de ansiedade, requerem tratamento específico.
Dessa forma, a ansiedade patológica caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante.
Por isso, ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação.
Além disso, o tratamento da ansiedade, quando patológica, se faz necessário.
Alguns dados sobre a ansiedade patológica chamam a atenção:
– Entre 10% e 20% da população em geral faz uso ou de hipnóticos ou de benzodiazepínicos em algum momento (Coelho et al., 2006);
– Nos EUA, os transtornos de ansiedade representam 31% dos custos com a assistência à saúde mental (Barlow, 2002); e
– O custo anual dos transtornos de ansiedade para os EUA é U$ 45 bilhões.
Tratamento da Ansiedade Patológica
Uma rápida análise desses dados chama atenção para a prevalência desse tipo de transtorno mental.
Bem como, o quanto a sociedade norte-americana despende recursos para tentar tratar o problema.
Aliás, ressalto o fato de que o tratamento para as pessoas com ansiedade patológica não é, nem pode ser exclusivamente medicamentoso.
É a combinação de terapêuticas disponíveis e reconhecidas e validadas cientificamente o mais indicado para um tratamento eficaz.
Além disso, a mudança no estilo de vida é algo soberano quando se quer ganhar em qualidade de vida e combater os efeitos dos contextos do cotidiano que produzem ansiedade disfuncional.
Afinal, é possível combater a ansiedade no cotidiano e com atitudes simples?
Por fim, quero, então, apontar algumas breves orientações para as pessoas que desenvolveram algum grau de ansiedade patológica e que querem resgatar qualidade de vida:
1. Mude o discurso de “o que a vida faz comigo” para “o que eu faço com a minha vida”;
2. Você não é e nem “tem” um transtorno de ansiedade;
3. Questione e reformule as regras do passado;
4. Viva o hoje bem mais que o ontem ou o amanhã;
5. Programe a sua vida a curto, médio e longo prazo, mas concentre-se no presente;
6. Comemore e vibre as conquistas, mesmo as pequenas;
7. Seja organizado e evite a procrastinação;
8. Aprenda a dizer não para as pessoas e para si mesmo;
9. Pare de brigar com aquilo que não pode mudar;
10. Aprenda técnicas de relaxamento muscular;
11. Pratique atividade física aeróbica regulamente;
12. Treine constantemente a respiração diafragmática;
13. Relacione-se socialmente com as pessoas de quem você gosta;
14. Reavalie freqüentemente as importâncias na sua vida. Noutras palavras, o que considera importante é realmente importante para você?; e
15. Espere o tempo necessário para os resultados.
Entretanto, sei que algumas dessas orientações podem parecer muito difíceis de serem seguidas por aqueles que se encontram em meio a um transtorno de ansiedade.
Por isso, para essas pessoas, então, sugiro que selecionem as orientações que parecem possíveis e as coloquem em prática constantemente.
Assim sendo, acreditem que esse pequeno passo pode ser o início da grande caminhada para superar a ansiedade disfuncional.
Tratamento para ansiedade patológica em Brasília
O Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Brasília oferece psicoterapia individual para o tratamento da ansiedade. Além de auxiliar na qualidade de vida do ansioso, por meio do acompanhamento profissional. Por isso, entre em contato e marque uma consulta. Fone: (61) 3242-1153
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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