Transtorno de Personalidade Esquiva
O que é Transtorno de Personalidade Esquiva?
Transtorno de Personalidade Esquiva é um transtorno de personalidade caracterizado por um padrão de isolamento, inibição social e sentimental. A pessoas com esse transtorno se enxergam como incapacitadas de estar em situações sociais, e dessa maneira, evitam qualquer ambiente social para não serem humilhadas, ridicularizadas ou desprezadas.
O transtorno de personalidade esquiva tende a surgir no início da idade adulta, mas na infância é possível perceber alguns sinais do transtorno. Estima-se que tal patologia atinge 3% da população mundial.
Ademais, é comum que pessoas com esse transtorno lidem com outros transtornos, como depressão, transtornos de ansiedade, TOC, fobia social, distimia, síndrome do pânico e outros transtornos de personalidades (em especial, dependente e limítrofe).
As causas do transtorno ainda são desconhecidas pela comunidade médica e psicológica. No entanto, acredita-se que negligência emocional por parte dos pais durante a infância possa estimular o desenvolvimento do transtorno de personalidade esquiva. Além disso, fatores hereditários podem estar relacionados com o aparecimento do transtorno.
Sintomas
Pessoas com transtorno de personalidade esquiva tendem a ser bastantes tímidas e retraídas. Esse é o principal sintoma do transtorno. Os outros sintomas e sinais da patologia são:
- sensível à críticas e rejeição;
- isolamento social;
- baixa autoestima e sentimento de inferioridade;
- autocrítica exagerada;
- fuga de contato físico;
- disforia (tristeza e ansiedade);
- desconfiança e distanciamento emocional das pessoas ao seu redor;
- agorafobia;
- auto-aversão;
- fuga para um mundo fantasioso.
Diagnóstico do transtorno de personalidade esquiva
Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) há alguns critérios necessários para que o psiquiatra ou psicólogo faça o diagnóstico do transtorno de personalidade esquiva. São eles:
- Resistência em se envolver com pessoas;
- Fuga de atividades que tenham contato interpessoal, com medo de críticas, desaprovação ou rejeição;
- Preocupação excessiva com críticas e rejeições em situações sociais;
- Mostra-se reservado em relacionamentos íntimos;
- Se vê como uma pessoa socialmente inferior, sem atrativos pessoais;
- Reticência em assumir riscos ou se envolver em novas atividades;
- Inibição em novas situações interpessoais.
Segundo o DSM-V, a pessoa precisa apresentar pelo menos 4 dos critérios, além de se sentir persistentemente inadequada e ser hipersensível a críticas e rejeição.
Tratamento
A principal forma de tratamento do transtorno de personalidade esquiva é por meio de sessões de psicoterapia. No entanto, na maioria das vezes, a pessoa com o transtorno não busca ajuda e evita ao máximo o tratamento porque acha que está bem.
Quando o tratamento se inicia, primeiramente, o psicoterapeuta precisa adquirir a confiança do paciente. Depois o profissional começa a trabalhar com a autoestima e confiança do paciente, buscando a causa do transtorno.
Por fim, caso os sintomas sejam muito fortes, é possível que o psicólogo encaminhe o paciente para um psiquiatra, que por sua vez, irá prescrever psicofarmacológicos.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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