Realidade virtual pode ajudar pessoas com depressão
Realidade virtual e a depressão
Uma terapia de realidade virtual imersiva poderia ajudar pessoas com depressão tornando-as menos críticas e mais compassivas em relação a si mesmas, reduzindo sintomas depressivos.
Essa terapia de realidade virtual imersiva, pode ajudar pessoas com depressão a serem menos críticas e mais compassivas consigo mesmo. Porque, é possível que reduza os sintomas de depressão. Conforme, novo estudo da UCL (University College London) e ICREA – Universidade de Barcelona.
A terapia, previamente testada por voluntários saudáveis, foi utilizada por 15 pacientes com depressão. Nove participantes relataram diminuição dos sintomas da depressão um mês depois da terapia.
Dentre eles, quatro experimentaram uma queda significativa na gravidade da depressão. Esse estudo foi publicado no British Journal of Psychiatry Open e foi financiada por Medical Researsh Council.
Os pacientes do estudo usavam um headset de realidade virtual para enxergarem através da perspectiva de “avatar”. Vendo esse corpo virtual, em um espelho, do mesmo jeito que seu próprio corpo; tipicamente produz a ilusão de que se trata do seu próprio corpo. Isso é chamado de “incorporação”.
Enquanto incorporados em um avatar adulto, os participantes foram treinados a expressar compaixão a uma criança angustiada. Enquanto conversam com a criança, que gradualmente aparenta parar de chorar, e responder positivamente a compaixão.
Depois de alguns minutos, os pacientes eram incorporados na criança virtual. Após isso, ouvia o avatar adulto direcionar suas próprias palavras e gestos de compaixão a ela. Esse breve cenário de oito minutos foi repetido três vezes em intervalos semanais. Além disso, o follow up acontecia um mês depois.
Conclusões do estudo que podem auxiliar no tratamento
“Pessoas que lutam contra ansiedade e depressão podem ser excessivamente autocriticas quando as coisas vão mal em suas vidas,” explica o chefe do estudo Professor Chris Brewin (UCL Clinical, Education & Health Psychology). “No presente estudo, confortando a criança e então ouvindo suas próprias palavras de novo, pacientes estão dando a si mesmos compaixão. O objetivo foi ensinar pacientes a serem mais compassivos consigo mesmos e menos autocríticos, e observamos resultados promissores. Um mês após o estudo, vários pacientes descreveram como a sua experiência tem mudado suas respostas em situações reais de vida no qual em momentos anteriores seriam autocríticos”.
O estudo ofereceu uma promissora “prova de concepção”, porém uma tentativa singela, sem grupo controle não pode mostrar se a intervenção é responsável pela melhora clinica nos pacientes.
“Agora esperamos desenvolver ainda mais a técnica para conduzir uma tentativa considerável, controlada, e então assim poderemos determinar com confiança qualquer benefício clinico,” aponta o coautor do estudo Professor Mel Slater (ICREA – University of Barcelona e UCL Computer Science). “Se um benefício substancial é visto, então a terapia pode ter um potencial considerável. O recente marketing de baixo custo do sistema de realidade virtual doméstico significa que alguns métodos como esse potencialmente podem fazer parte de todas as casas, e usados amplamente”.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil
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