Como perdoar quem nos fez sofrer
O perdão
O perdão não é um ato. É um processo que visa cessar o ressentimento contra outra pessoa ou contra si mesmo.
Esse ressentimento é decorrente de uma ofensa, por diferenças, erros ou fracassos. Por algo que tenha potencial de magoar.
Entretanto, como muitos podem pensar, perdoar não significa fechar os olhos aos erros de outros. Fingir que nada aconteceu. Ou até mesmo, permitir que outros se aproveitem de você.
Perdoar é um ato de força. É preciso coragem para desprender-se dos erros e apoiar-se no que foi bom, pelo o que vale a pena lutar.
O ser humano é imperfeito. Ele cometerá diversos erros. Assim sendo, o importante é o desejo de buscar melhorar para não cometer os mesmos erros.
Por que perdoar?
É importante ter em mente que o erro, não necessariamente, é algo intencional ou de caso pensado. Ou seja, quem, por ventura, cometeu erros e machucou alguém pode estar arrependido e desejar se redimir.
Por isso, é importante ter empatia, sabendo se colocar no lugar do outro. E tentar compreender o motivo das escolhas.
Além disso, quando você não perdoa, você é tomado por diversos sentimentos negativos e prejudiciais.
O ressentimento desgasta física e emocionalmente. Aliás, é um sentimento que pode levar à distúrbios mentais e emocionais.
Tais como: depressão; ansiedade; ataques de pânico; alterações no sistema imunológico; dificuldades cardíacas e outros problemas físicos relacionados com o nível de stress do nosso organismo.
Aceitar e estar em paz com uma situação que machucou, e saber que isso não define suas próximas escolhas é um passo importante.
Quem errou merece uma chance. Porque, não necessariamente, continuará cometendo os mesmo erros.
Entretanto, é preciso ficar atento. Quando a pessoa já esgotou o estoque de chances com os mesmos erros.
Você errará também. É inevitável. Você magoará ou decepcionará também. Até porque, as pessoas podem depositar expectativas a quais você não poderá cumprir. E isso é normal.
Assim sendo, além de ser capaz de dar o perdão, quando erramos, devemos saber também pedir desculpas.
Reconhecer os próprios erros e ser capaz de mudar é sinal de amadurecimento e evolução.
O ato de perdoar
O perdão trilha o caminho para a liberdade. Ao tomar a decisão de perdoar, você estará se livrando do peso do ressentimento.
Lembre-se do que está envolvido em perdoar. Perdoar não significa esquecer. Ou apagar todos os erros ou decepções.
Perdoar significa superar e conseguir seguir em frente mesmo com o erro que te atingiu.
Reconheça que perdoar traz benefícios. Porque abrir mão da raiva e do ressentimento torna a vida mais leve.
Além disso, a empatia é um ponto importante. Ao colocar-se no lugar do outro você perceberá que ninguém é perfeito. Todos cometem erros.
Dê a si mesmo tempo para esfriar sua cabeça. Dê tempo ao tempo. Caso ainda exista raiva ou decepção é perfeitamente aceitável algum tempo para pensar sobre isso.
Porque, dar a si mesmo um pouco de tempo para se curar e refletir pode te ajudar descobrir o que dizer para a pessoa no momento da conversa.
Seja razoável. Ou seja, às vezes o erro é pequeno e no momento da raiva parece o maior do mundo. E nesse contexto, agir por impulso pode prejudicar o processo de perdão.
Mas, como perdoar alguém que te magoou profundamente
Perdoar alguém que tenha magoado ou causado algum sofrimento a você não te torna uma pessoa fraca.
Ninguém pode mudar uma situação do passado, mas todos têm a chance de dar um novo significado ao ocorrido.
Porque, viver nutrindo emoções negativas gera desequilíbrios emocionais e até físicos.
Aprender a lidar com as limitações e os erros é crucial para manter relacionamentos duradouros.
Reflita sobre o quanto se condena e se critica pelos próprios erros. Se você é capaz de perdoar a si mesmo e lidar com seus erros naturalmente, compreendendo que é um ser humano como qualquer outro, não precisa de tanto esforço para perdoar.
Assim sendo, o mais importante é estar bem consigo mesmo antes de qualquer coisa. Porque não adianta perdoar da boca pra fora.
Trabalhe o perdão dentro de você. Pondere sobre os erros da pessoa e sobre os seus, afinal, todo mundo erra.
E, por fim, é importante deixar claro quais atitudes te fazem mal para que o outro tenha em mente o que pode fazer para melhorar.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil
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