Mulheres e Anorgasmia
Estudos conduzidos nos Estados Unidos da América, Reino Unido e Suécia apontam que 40% das mulheres entre 18 e 59 anos têm queixas sexuais. Dentre elas, 24% descrevem anorgasmia.
Conforme estudo conduzido no Brasil, por Abdo e cols., apontou que 49% relatam transtornos sexuais, sendo que 21% dessas mulheres descreveram anorgasmia. Noutro estudo em território nacional, os autores Ferreira, Souza e Amorim (2007) apontaram que 36% das mulheres pesquisadas entre 20 e 39 anos relataram transtornos sexuais, sendo que 18% parecem ter anorgasmia.
Portanto, trata-se de um número alarmante.
Embora haja alguma diferença percentual nos dados levantados em cada um desses estudos, podemos concluir que há uma prevalência de 20% da anorgasmia em mulheres. Por isso, caso apresente indícios, o tratamento para anorgasmia deve ser procurado.
Conforme as pesquisas citadas, as mulheres são a maioria dos acometidos desse distúrbio. Embora entendida como raridade, a anorgasmia masculina também pode ocorrer.
Diagnosticando a Anorgasmia
Anorgasmia pode ser definida como uma inibição recorrente ou persistente do orgasmo, manifestada por sua ausência ou retardo, após uma fase de excitação sexual adequada em termos de intensidade e duração.
Entretanto, quando a pessoa é capaz de atingir o orgasmo através de masturbação, não se considera essa inibição como anorgasmia
Também apresentada como transtorno orgástico feminino, a anorgasmia envolve o atraso significativo ou ausência recorrente de orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual. Isto é, a mulher pode experienciar desejo, excitação sexual e prazer nas relações sexuais, mas não consegue ou tem grande dificuldade de chegar ao ápice do prazer numa relação, que é o orgasmo.
É comum se observar nas mulheres que têm anorgasmia:
- Atuação (fingimento) nas relações sexuais, simulando orgasmo;
- Sensação constante de frustração nas relações sexuais;
- Variação de formas, posições e contextos sexuais na busca frustrada pelo orgasmo;
- Esquiva/fuga de relações sexuais;
- Baixa auto estima e visão negativa sobre a vida sexual; e
- Desentendimento com o parceiro sexual.
Uma das principais consequências é uma possível inibição do desejo sexual e um menor interesse pelas relações sexuais. Além disso, a anorgasmia pode diminuir a autoestima da mulher.
Causas da Anorgasmia
Por isso, quando analisamos mulheres com queixa de anorgasmia, observamos que essas têm:
- Educação inadequada sobre sexo produzindo culpa ou pensamentos desviantes durante a relação sexual;
- Falta de conhecimento sobre o próprio corpo;
- Inibição do corpo ou das preferências sexuais;
- Dificuldade de comunicação com o parceiro sobre o tema “sexo”.
Sem contar que, traumas relacionados ao sexo, como por exemplo abuso sexual ou relações dolorosas, podem ser motivacionais para o transtorno de anorgasmia.
Tratamento para Anorgasmia em Brasília
Em geral, num processo de terapia sexual, são propostas as seguintes intervenções para tratar a anorgasmia:
– Reformulação de conceitos sobre o sexo;
– Auto erotização como forma de autoconhecimento;
– Relação sexual com o parceiro sem cobranças; e
– Investimento no relacionamento conjugal (comunicação, assertividade, negociação).
Dessa forma, uma boa indicação é o tratamento perante terapia sexual.
Caso procure tratamento em Brasília, o Inpa dispõe de terapeutas sexuais tecnicamente preparados para ajudar.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada Brasilia – DF