O efeito da escolha
Escolher significa optar entre uma coisa e outra, ou entre uma pessoa e outra(s); preferir, selecionar, eleger: escolher as melhores ações no dia de hoje; escolher os amigos mais queridos para marcar eventos com eles.
Historicamente, foi grande a produção de conhecimento na área do comportamento de escolha e de tomada de decisão. Há modelos baseados na Psicologia Cognitiva, outros são os modelos baseados em Análise do Comportamento.
O que faz uma pessoa escolher salada no lugar de uma pizza portuguesa? O que está envolvido quando uma pessoa opta por estudar no lugar de ir para um churrasco com os amigos? O que faz uma pessoa escolher se manter solteira a despeito das oportunidades da vida de casada?
Essas perguntas precisam de ampla investigação para viabilizar qualquer resposta acertada. Mas esqueçamos, momentaneamente, a compreensão dos motivos, das razões pelas quais escolhemos o que escolhemos. Concentremo-nos na importância, no efeito da escolha. É certo que não escolher, entrar em “freezing”, ou procrastinar a decisão pode trazer consequências negativas e, por vezes, irreversíveis. Mas, quanto ao fato de escolher, o que se pode falar?
A escolha pode ser vista como o processo de iniciar ou de dar continuidade numa linha específica do fluxograma de ações, de ocorrências nas nas nossas vidas. Nesse sentido, escolher seria uma forma de iniciar, de dar continuidade ou de reiniciar algo nas nossas vidas. Imagine que você escolha iniciar uma pós graduação numa universidade norte americana. Essa escolha trará uma sequência de ações por aproximados dois anos e trará, após essa pós graduação ter sido concluída, algumas possibilidades que antes não se apresentariam a você.
E se você resolver dar uma nova chance ao seu casamento? No que isso implicaria? Maior leveza na relação? Mais cuidado? Mais programas nos finais de semana? Maior frequência sexual? Novas perspectivas na sua vida pessoal?
Independente da escolha realizada, ela produzirá efeito numa direção específica das nossas vidas. Assim sendo, para sair da estagnação, para mudar uma condição, para transformar o estado de humor, para ampliar as conquistas, enfim, para mudar numa direção positiva, precisaremos escolher. .
E, claro, é sempre possível que a escolha seja acertada e que o fluxo de ações e de acontecimentos siga na direção esperada. É nessa possibilidade que eu e você devemos acreditar.
Boas escolhas em 2020!
Por: Fábio Caló, psicólogo, mestre em análise do comportamento.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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