O que fazer quando se perde a motivação?
Motivação (do Latim movere, mover) refere-se em Psicologia, em Etologia e em outras ciências à condição do organismo que influencia a direção (orientação para um objetivo) do comportamento.
Trata-se de um estado orgânico (na visão monista). Logo, podemos estar, num dado momento, muito motivados; num segundo momento, pouco motivados; e é possível que fiquemos desmotivados, isto é, sem qualquer motivação.
Essa terceira condição, a da falta de motivação, pode estar presente diante de algumas condições: perdas, falta de clareza de objetivos, falta de propósito maior, burn-out, desnutrição, hipotireoidismo, depressão, dentre outras.
E o que fazermos diante da falta de motivação?
1. Verificar há quanto tempo estamos desmotivados e tentarmos especificar, em quais momentos, temos algum lampejo de motivação e quando nos sentimos mais desmotivados. Isso nos possibilitará enxergar a origem, ou os mantenedores da desmotivação.
2. Procurar avaliar se há alguma doença instalada. Para tanto, psicólogo, médico, nutricionista seriam os profissionais a serem buscados. NÃO podemos deixar de procurar ajuda profissional, pois nós mesmos teremos dificuldade para diagnosticar uma possível patologia.
3. Caso não haja restrição de saúde, devemos mudar as nossas rotinas drasticamente. Mudar a alimentação, intensificar gradativamente atividade física, passar a tomarmos banhos frios, darmos férias à TV, reduzirmos o uso do aparelho celular e lermos muito sobre temas de interesse.
4. Para aqueles que, como eu, têm fé, vale muito a procura de uma conexão maior com o que acreditamos, por meio das práticas comuns ao contexto religioso com o qual estamos familiarizados. Não devemos poupar esforços nessa direção, pois aqui só depende de nós mesmos.
5. Mudar a postura corporal, caminhar de forma ereta, estufando o peito e olhando para frente (não olhemos para o chão).
6. Sorrir mesmo que não tenhamos vontade.
7. Planejar ainda hoje o dia de amanhã e procurarmos incessantemente um propósito, pois ele funcionará como uma bússola, ainda que a nossa energia diminua.
Por: Dr. Fábio Caló, psicólogo, mestre em análise do comportamento.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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