Luto, o dizer adeus
Como dizer adeus?
Uma das coisas mais difíceis de serem feitas é dizer adeus a alguém que amamos, seja pela morte ou fim de um relacionamento.
A pessoa vai embora e ficam as lembranças e a saudade. A dor começa a fazer parte da nossa rotina. Somos tomados por ela de uma forma tão arrebatadora que as simples atividades que realizávamos tornam-se difíceis e penosas.
Qualquer objeto, palavra ou música nos lembra a pessoa que se foi. E é nessas situações, que vem aquele nó na garganta e o choro, que por vezes, é inevitável.
Em geral, nós não nos conformamos com o luto. Pensar sobre a pessoa é constante e ficamos buscando explicações do porquê a perda aconteceu.
A questão é que, por mais que esperemos que algo ruim possa acontecer, nós nunca estamos preparados para a perda. Principalmente quando se trata de morte.
Para lidar com perdas de pessoas, o importante é não se deixar levar pelo sentimento, pela dor, e tentar continuar, pelo menos em parte, com a rotina.
Talvez possamos sentir a necessidade de tirar alguns dias para descansar. Mas, tirar alguns dias para descanso não é a mesma coisa que passar esses dias sem sair da cama.
Mesmo que pareça difícil realizar o trabalho, cumprir as obrigações e manter as atividades do dia-a-dia, esses nos ajudam a focar o pensamento em outras coisas que não estejam relacionadas a perda, a não viver o tempo todo na nossa introspecção.
Aceitar o apoio é importante!
Outra forma de lidar com o luto e a perda de pessoas, é aceitar o apoio daqueles que estão próximos a nós. Quanto mais apoio tivermos após a perda, melhor. Apoio no sentido de ouvirmos ou recebermos ser aquilo que nos faz bem, nos faz sentir bem. Seja uma palavra amiga, seja um convite para ir a uma reunião na igreja, devemos aceitar esse apoio.
Por exemplo, se você vive só em função de alguém, não tendo amigos, não tendo convívio com a sua família, e, de repente, essa pessoa vai “embora”, você pode experimentar a dor de uma maneira bem diferente.
Por fim, cabe dizer que o tempo de duração do processo do luto é diferente para cada pessoa. Com o passar do tempo, a dor vai amenizando. As recaídas acontecem, mas a tristeza não fica mais tão presente. A vida continua e há outras coisas com as quais possamos nos envolver, outras pessoas com as quais possamos nos relacionar, e outras alegrias no mundo.
A felicidade não está em tentar evitar as dores, mas sim em conseguir conviver com elas. Não existe uma vida perfeita que seja feliz o tempo todo e não tenha nenhum tipo de sofrimento. A dor é inevitável, mas deixar que ela nos vença não é saudável.
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Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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