Demência
O que é?
A demência é uma terminologia, que é utilizada de modo geral, para condições e patologias que afetem, diretamente, a linguagem, a memória e outras habilidades de pensamento.
É importante salientar que a demência não é uma doença única, ou seja, ela está atrelada com outros quadros, como o Alzheimer. A patologia afeta a qualidade de vida e a capacidade de realizar atividades cotidianas.
Os sintomas da demências são causados por alterações cerebrais, que são responsáveis por causar problemas nas habilidades cognitivas, no comportamento, na relações interpessoais e nas emoções.
Vale ressaltar que a doença de Alzheimer é responsável por cerca de 60% a 80% dos casos de demência. No entanto, há outros quadros que podem desencadear a demência, como problemas na tireóide, anorexia nervosa e doença de Huntington.
A demência tem diferentes causas e tipos, que serão abordados nos tópicos seguintes. Além disso, estima-se que um quarto da população terá algum tipo de demência até 2020.
Ademais, é comum que as pessoas associam, de forma errônea, que a demência é considerada uma doença senil, ou seja, que é parte normal do processo de envelhecimento.
A patologia não é um quadro natural e que deve ser diagnosticada e tratada por um equipe multidisciplinar, que vão desde neurologistas e psicólogos.
Sintomas
Os sintomas da demência vão depender do tipo e da causa, porém há alguns deles que se repetem e se tornam característicos da doença. Assim sendo, essas semelhanças se dividem em dois grupos: mudanças cognitivas e mudanças psicológicas.
Cognitivas
- perda de memória;
- dificuldade de comunicação ou esquecimento de palavras;
- problemas com as habilidades visuais e as espaciais
- dificuldade de planejamento e de organização
- perda da habilidade raciocínio e da solução de problemas;
- sentimento de confusão e de desorientação.
Psicológicas
- depressão.
- ansiedade.
- surtos de psicose.
- agitação.
- paranóia.
Causa da demência
A demência é ocasionada em razão de danos às células cerebrais. Desse modo, essa estrago interfere na capacidade comunicativa dessas celular, o que resulta em problemas no pensamento, sentimento e comportamento.
É importante explicar que o cérebro humano tem diferentes divisões que são responsáveis por habilidade diferentes. Por conseguinte, quando há algum tipo de danificação na comunicação das células, a região não consegue funcionar normalmente.
Ainda, a demência está ligada a tipos próprios de danos cerebrais. Por exemplo, no caso da doença de ALzheimer, há uma elevação dos níveis de proteínas na celular, o que dificulta a comunicação e a manutenção das células cerebrais.
Enquanto grande parte das patologias que desencadeiam a demência sejam crônicas e evolutivas, há algumas condições que os sintomas relacionado com problemas no pensamento e na memória podem ser revertidos, que são:
- efeitos colaterais de medicamentos;
- problemas de tireoide;
- deficiência de vitaminas;
- depressão;
- efeitos do consumo excessivo de álcool e substâncias ilícitas.
Fatores de risco da demência
Os fatores de risco da demência são diversos. Alguns não podem ser evitados, como os de fatores genéticos e outros podem ser trabalhoso para a diminuição dos riscos.
Fatores inalteráveis
- Idade: o risco de demência aumenta conforme a pessoa envelhece. Os maiores fatores de risco são indivíduos com mais de 65 anos.
- Genética: pessoas com história familiar dessa condição têm maiores probabilidades de desenvolver a condição.
- Síndrome de Down: é comum que pessoas com a síndrome de down desenvolvem a doença durante a meia-idade.
- Patologias degenerativas: pessoas com doenças como Alzheimer e Huntington têm maiores chances de contrariar a demência.
Fatores alteráveis
- Alimentação saudável e exercícios: pesquisas afirmam que praticar exercícios físicos reduz o risco de desenvolver a doença. Assim como, a dieta saudável é recomendada.
- Bebidas alcoólicas: pessoas com problemas de excesso de consumo alcoólico tem um risco maior de desenvolver o quadro.
- Problemas cardiovasculares: pacientes com hipertensão, colesterol elevado, aterosclerose e obesidade são, também, fatores de risco.
- Depressão: a depressão crônica e tardia, principalmente sem tratamento, pode aumentar os riscos.
- Diabetes: pessoas com diabetes são mais propensas a desenvolverem quadros de demência.
Tipos de demência
Como citado anteriormente, há diferentes tipos de demência, que podem ser ou não controláveis.
Progressivas e irreversíveis
- alzheimer;
- demência vascular;
- demência corporal de Lewy;
- doença de Parkinson;
- demência frontotemporal;
- traumatismo cranioencefálico;
- doença de Huntington;
- doença de Creutzfeldt-Jakob.
Reversíveis
- infecções e distúrbios imunológicos;
- problemas metabólicos e anormalidades endócrinas;
- deficiências nutricionais, como desidratação, deficiência em vitamina B-1;
- hematomas subdurais;
- envenenamento;
- tumores cerebrais;
- anorexia;
- hidrocefalia.
Tratamento da demência
O tratamento da demência será específico para cada tipo de causa. Entretanto, na maioria dos casos, a demência não tem cura e nem tratamento para diminuir a progressão dessa condição.
Ainda assim, há medicamentos que podem melhorar, de forma temporária, os sintomas. Em geral, são os mesmos medicamentos usados para tratar a doença de Alzheimer.
Nos casos em que a demência é desencadeada em virtude da depressão, da anorexia e de vícios, é importante procurar ajuda psicológica. Afinal, nesses quadros, os efeitos da demência podem ser revertidos.
Por fim, procure assistência psicológica e médica para a melhor forma de tratamento.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.
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