Cleptomania
O que é
A cleptomania é classificado pelo DSM-IV como um Transtorno de Controle Impulsivo cujo o paciente encontra dificuldades em conter a vontade em furtar objetos, sendo de valor ou não. Esses furtos são realizados por impulso e não por necessidade.
Geralmente os objetos que um cleptomaníaco furta são guardados, descartados ou dados de presente a alguém, mas dificilmente usados por eles mesmos.
A cleptomania muitas vezes está ligada a outros transtornos com a ansiedade, distúrbios alimentares (em especial a bulimia) e abuso de substâncias. Além disso a cleptomania pode ser vista como parte do Transtorno Obsessivo-Compulsivo, já estudos mostram a co-ocorrência de ambos transtornos em 45% a 60% dos pacientes.
Sintomas
Segundo o DSM-5 a cleptomania se manifesta em qualquer idade e em qualquer gênero. Os principais sintomas são:
- Sensação de prazer ou gratificação depois ou na hora do roubo.
- Incapacidade de resistir aos impulsos de furtar.
- Impulsos recorrentes para roubar coisas desnecessárias.
- Sensação de aumento da tensão antes do roubo.
- Realização dos furtos não são uma resposta a ilusões ou alucinações, ou como o objetivo de vingança ou raiva.
Fora esses sintomas, não existe nenhuma anomalia comportamental* que possa identificar um cleptomaníaco. Além disso, o diagnóstico se torna mais difícil porque as com cleptomania percebem que o que elas fazem é errado.
Níveis de Cleptomania
Esses níveis da cleptomania estão relacionados ao modo que o cleptomaníaco age. Esses modos são:
- Esporádica: breves episódios de furto e longos períodos de remissão.
- Episódica: longos períodos de furto e pequenos períodos de remissão.
- Crônica: furtos constantes seguidos de culpa ou remissão de curtíssima duração.
Causas da Cleptomania
Como já foi dito, muitas vezes a pessoa com cleptomania tem outros transtornos psicológicos. Alguns deles são:
- Transtornos depressivos ou bipolares;
- transtornos de ansiedade;
- transtornos alimentares;
- transtornos de personalidade.
Ademais, alguns psicólogos e psiquiatras veem a cleptomania como uma parte espectro obsessivo-compulsivo de transtornos. Por fim, há indícios que esse transtorno esteja relacionada com os transtornos de humor, como a depressão.
Tratamento
A cleptomania não tem cura, mas existe tratamento. A principal dificuldade do tratamento é o fato do cleptomaníaco não procurar ajuda. No entanto, quando procurada a ajuda, o tratamento pode ser uma combinação de psicoterapia e uso de psicofármacos.
A psicoterapia vai ser essencial para o entendimento do transtorno por parte do paciente. Além disso, a psicoterapia vai ajudar o paciente a lidar com os problemas psicológicos ocultos.
Por fim, o uso de Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), que possuem como objetivo aumentar a serotonina no cérebro, podem ser usados no tratamento da cleptomania.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil
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