Pensamento Suicida
O que é suicídio?
Suicídio é definido como a atitude individual de exterminar a própria vida.
Pode ser motivado por vários fatores, dentre eles: um excessivo grau de sofrimento.
Além disso, perturbações mentais e/ou psicológicas como depressão; perturbação bipolar; esquizofrenia ou abuso de drogas, incluindo alcoolismo.
É importante ter em mente que indivíduos com antecedentes de tentativas de exterminar a própria vida estão em maior risco de vir a realizar novas tentativas.
O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens; classes sociais; idades; orientações sexuais e identidades de gênero.
Mas pode ser prevenido! Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo.
Por isso, fique atento(a) se a pessoa demonstra comportamento suicida e procure ajudá-la.
Por que as pessoas têm pensamentos suicidas?
Alguns indivíduos cometem suicídio motivados por problemas e pressões externas. Por exemplo: perdas de parentes, perda de emprego, dívidas, dificuldade para lidar com grandes frustrações, problemas ou término de relacionamentos, crises financeiras, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, e agressões psicológicas e/ou físicas.
Além disso, doenças crônicas, dolorosas e/ou incapacitantes, podem ser fatores que vulnerabilizam, ainda que não possam ser considerados como determinantes para o suicídio.
O que diz a OMS?
De acordo com a OMS, a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida. Ou seja, a cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no planeta.
Aliás, um número ainda maior de indivíduos tenta suicídio.
O suicídio pode ocorrer em qualquer faixa etária e foi a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em todo o mundo no ano de 2016.
Quase 80% desses óbitos são identificados em nações de renda baixa e média. A maioria das ocorrências acontece em zonas rurais e agrícolas.
A OMS lembra que, nos países de renda alta, já foi reconhecido um vínculo entre suicídio e problemas de saúde mental. Mas muitos suicídios são cometidos por impulso, em momentos de crise.
Comportamentos que podem prevenir o suicídio
O apoio é fundamental!
Por isso, diante de qualquer manifestação de intenção, ou até mesmo de ideação de suicídio, é necessário que as pessoas que estão em volta percebam.
Porque, na maioria das vezes, as pessoas que suicidam, deem sinais antes.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem sinais de alerta que exercem papel fundamental na prevenção do suicídio.
Não há como detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida, nem se tem algum tipo de tendência suicida.
Entretanto, os sinais devem chamar a atenção de seus familiares e amigos próximos. Sobretudo se muitos desses sinais se manifestam ao mesmo tempo.
Os sinais de alerta descritos abaixo não devem ser considerados isoladamente!
Mudanças de comportamento
O indivíduo fica mais deprimido, fechado e isolado.
Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.
As pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro.
Aliás, essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos
Expressão de ideias ou de intenções suicidas.
Às vezes, bastante sutil. Comenta-se, no meio da conversa, frases como “eu não aguento mais”, “eu queria morrer” ou “não suporto mais isso”.
Essas manifestações não devem ser interpretadas como ameaças nem como chantagens emocionais, mas sim como avisos de alerta para um risco real.
Isolamento
As pessoas com pensamentos suicidas podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Não enxerga mais possibilidades no futuro
A pessoa acha que nada mais pode dar certo e que seus problemas não têm solução.
É preciso falar sobre o suicídio!
A primeira regra sobre a prevenção do suicídio é falar sobre suicídio.
Atualmente existe o Setembro Amarelo, dedicado para falar sobre o suicídio. A OMS trabalha com a divulgação de meios de prevenção ao suicídio.
Ainda, conforme o Ministério da saúde existem maneiras melhores para abordagem do assunto.
Ao falar com alguém que demonstra ideação suicida, busque apresentar uma abordagem acolhedora e sem nenhum tipo de preconceito.
Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir.
Além disso, incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.
Caso essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
Por isso, um bom suporte social é um dos melhores meios para evitar que uma vida seja interrompida.
É com essa finalidade, inclusive, que existe o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar.
Sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
Por que tantos suicídios?
Assim sendo, o suicídio está relacionado ao aumento do número de transtornos mentais na nossa sociedade. Tais como a depressão; o alcoolismo; o transtorno bipolar; o transtorno borderline e transtornos de ansiedade, etc.
Além disso, outro fator que contribui para o crescimento do suicídio é que na sociedade moderna há pouco espaço para o sofrimento e para o acolhimento de quem sofre.
As exigências de felicidade e sucesso nunca foram tão intensas. Aquele que sofre, não encontra espaço nem acolhimento para expressar o que sente na maioria das vezes.
As pessoas não compartilham seus sentimentos por vergonha. E na solidão acabam tomando decisões para acabar com a dor.
O tratamento é indispensável!
A intervenção médica é muito eficaz para prevenção do suicídio. Além de auxiliar indivíduos que já tenham tentado cometê-lo.
Seja promovendo uma escuta terapêutica ou promovendo tratamento medicamentoso.
Dar apoio emocional e se mostrar disponível é fundamental. Porque o diálogo é essencial.
Entretanto, em muitos casos não substitui a necessidade de medicamentos. Porque, o indivíduo precisa de mais para se recuperar.
Aliás, convencer alguém sobre a necessidade de tratamento é um processo que pode ser muito lento. Envolvendo quebra de confiança e incertezas.
Por isso, caso você esteja ajudando alguém que apresenta pensamentos suicidas, também pode buscar ajuda para si. Uma consulta psicológica pode orientar sobre como lidar e auxiliar o ente que está pensando em se matar.
Sentimentos de medo e culpa são comuns. Assim sendo, saber lidar com cada um é importante para não agravar mais ainda a situação.
Tratamento e acompanhamento
A psicologia tem um papel fundamental dentro dessa temática, visto que promover a saúde e o equilíbrio emocional é um dos pontos centrais do trabalho do psicólogo.
O Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Brasília oferece psicoterapia individual, que é um tratamento indicado para quem vê o suicídio como único caminho. Por isso, entre em contato e marque uma consulta. Fone: (61) 3242-1153
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil
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